Olá, pessoas queridas, como estão?!
Hoje, quero falar especialmente com aqueles que já leram a primeira
edição do "Simplesmente ame".
Quero apresentar a vocês, um capítulo exclusivo que está na segunda edição.
Além dele, há também várias cenas novas que aperfeiçoaram ainda mais a história.
O capítulo você vai poder ler aqui mesmo, nesta postagem.
Espero que gostem, não esqueçam de comentar :)
Capítulo 8
Será que tudo foi um sonho? Será que ele vai voltar atrás?
Melissa
abriu os olhos e um sorriso voluntário surgiu de seus lábios. Olhou para o
quarto em que estava, relembrando o beijo que Érique lhe deu. Foi tão forte. Só
de lembrar sentia um frio percorrer todo o seu corpo. A noite passada havia
sido significativa para ambos. E, olhando agora para o quarto de Hanna, onde
estava dormindo, se perguntava o que iria acontecer ao cruzar o corredor. Ele
estaria lá? Como a receberia?
— Que sorriso bobo é esse?
Melissa
assustou-se com a pergunta repentina da amiga, que, pelo jeito, já estava
acordada. Encarou-a, reconhecendo aquele semblante entusiasmado.
— Vocês tramaram pra gente, né? — ela perguntou, jogando o cobertor de lado,
espreguiçando-se para levantar.
— Depende, aconteceu alguma coisa? — Hanna sentou-se, procurando observá-la
atentamente.
Melissa
desviou o olhar e se levantou. O plano delas havia dado certo, mas não
entregaria isso de bandeja. O melhor seria fazer um bom suspense para Hanna.
— Quem sabe? — respondeu vagamente.
Melissa
vestiu o sobretudo pra ficar mais aquecida. Penteou os cabelos, passou perfume
e colocou os sapatos. Cada detalhe do que fazia era supervisionado por Hanna. O
que ficou difícil foi disfarçar o nervosismo que estava sentindo ao abrir a
porta.
— Você não vem? — perguntou antes de girar a maçaneta. Não
sabia por que, mas, de repente, sentiu-se insegura. E Hanna sabia como agir
naquelas situações.
— E eu perderia isso? — Ela levantou-se devagar e foi ao encontro
da amiga — Acha que não te conheço,
Melissa?
Ela
não disse nada, apenas sorriu e deu de ombros. Ao abrir a porta, encontraram o
corredor vazio, e ela sentiu-se mais calma com isso. Com certeza todos estariam
tomando o café da manhã.
Foram
até a cozinha, não havia ninguém, mas a mesa já estava posta, então se
sentaram.
— Pelo jeito, todos saíram — Hanna comentou enquanto se servia de café.
— É... —
Melissa resmungou. Por um momento havia ficado mais tranquila por não ter que
dar de cara com Érique, pois não estava sabendo como agir. Mas, agora,
percebendo que estavam apenas as duas na casa, não gostou disso. Precisava
vê-lo mais do que nunca. Precisava saber se tudo aquilo era real. Que os dois
realmente haviam se beijado e os sentimentos eram verdadeiros.
Estava
insegura. Temia que tudo não houvesse passado de um sonho, mesmo parecendo tão
real. Sempre quando as coisas estavam sendo incríveis em sua vida, algo ruim
acontecia e, de certa forma, estava esperando por isso. De repente um Não de Érique a fizesse voltar à
realidade. Pois, para ela, estava vivendo um sonho.
Nunca
encontrou alguém como ele em sua vida. Era charmoso, divertido, a química entre
eles era quase palpável. E o melhor, ele a estava ensinando a conversar, a se
abrir. Isso mesmo, ela falava do que gostava e não gostava. Comentava algo
interessante ou então o fazia rir. Era simples, porém mágico. Nunca se sentiu
tão bem com alguém. Sabia que poderia ser ela mesma com Érique. Ele despertava
o melhor da sua alma.
Melissa
fechou os olhos por um segundo, ao tomar um gole de café quente. Aquilo a
preencheu por dentro, aquecendo-a daquele frio. A visão de Érique veio à sua
mente. Seu olhar penetrante, o sorriso de lado quando ficava tímido, o jeito
que mexia na nuca quando a olhava. O seu interesse por tudo o que ela falava.
As mãos entrelaçadas e tímidas. Os lábios finos tocando os seus. Mas, os olhos,
eram o que mais a atraía. Parecia conseguir ver através deles. Eles eram da cor
de mel, exatamente como aqueles que a fitavam naquele segundo. Nossa! Era
incrível como lembrava os de Érique.
Só
então ela se deu conta. Não, não estava sonhando. Ele estava bem a sua frente,
olhando-a profundamente, parecendo querer estudar cada traço do seu rosto.
—
Érique! — sussurrou, abrindo um sorriso doce. Seus olhos brilharam e o coração
parecia aplaudir dentro dela.
—
No que a senhorita está pensando, assim tão concentrada?
Ela
enrubesceu ao ouvir aquilo.
—
Pensei que tinha saído.
—
Acabei de acordar. Não consegui dormir muito bem ontem à noite. — Deu uma
piscada pra ela e sentou-se ao seu lado.
Aquilo
aqueceu seu coração. Queria falar algo, mas sentiu-se totalmente sem ação.
Olhou para o lado e percebeu o quanto ele estava próximo. Aqueles olhos
sonolentos e tão lindos. Aquela boca que parecia persegui-la. O perfume inesquecível...
Tudo tão próximo dela.
—
A proposta da noite passada ainda está de pé? — sussurrou, aproximando-se mais.
Melissa sentiu o sangue percorrer todas as suas veias.
—
Claro! — conseguiu dizer, absorvida pelo seu olhar.
Érique
sorriu mais uma vez antes de selar aquele compromisso, num beijo delicado, mas
que a fez perder o fôlego.
Assim
que seus lábios se separaram, ela lentamente abriu os olhos. Érique passou a
mão delicadamente em seu rosto, encantado com a sua ternura.
— Amanhã vou falar com seus pais!
De
repente, escutaram um barulho alto, de dentro da própria cozinha em que estavam.
Assustados, os dois se afastaram e olharam o ambiente.
—
Peguei vocês! — Hanna gritou, batendo a colher de pau numa panela.